Reunidos em Assembleia Geral os trabalhadores da educação do ensino privado, filiados ao Sindicato dos Professores das Faculdades Particulares (SINPRO-RO) e ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado (SINTEEP-RO), rejeitaram a proposta apresentada pelo sindicato patronal das faculdades e escolas particulares (SINEP) durante as negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Os patrões insistiram em uma proposta de reajuste salarial muito abaixo da inflação medida pelo INPC, que é de 4,8%. Oferecem 3,5% parcelados em duas vezes: 2% em julho e 1,5% em outubro. A proposta anterior era de 3%, também parcelados, o que foi considerado inaceitável pelas comissões de negociação do SINPRO e do SINTEEP.
Todas as outras propostas também foram rejeitadas pelos trabalhadores, que confirmaram a intenção de iniciar uma greve geral caso não haja melhorias na oferta.
O SINPRO/SINTEEP se dispôs a dialogar com o sindicato patronal para buscar melhorias na Convenção Coletiva de Trabalho.
Para o Prof. Luizmar Neves, presidente das comissões de negociação do SINPRO/SINTEEP, será fundamental a participação da categoria nas mobilizações organizadas pelos sindicatos, além de demonstrar à sociedade a legitimidade das reivindicações dos trabalhadores.
“O que os trabalhadores querem é apenas o cumprimento da legislação no que se refere ao reajuste salarial, que é a reposição da inflação. Estamos há pelo menos 15 anos sem um ganho real para a categoria. É um pedido justo. Estamos abertos ao diálogo, basta o sindicato patronal apresentar uma proposta decente para os trabalhadores, que será aprovada”, afirmou.
Última rodada e mediação
Na quarta e última rodada entre o SINPRO/SINTEEP e o sindicato patronal, diante da continuidade do impasse, as partes concordaram em solicitar uma mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que deverá ocorrer nos próximos dias.
O sindicato patronal registrou em ata, ainda na última rodada de negociações, que, caso a oferta patronal não fosse aceita pelo SINPRO/SINTEEP, a partir do dia 1º, ficariam suspensos todos os direitos já conquistados na atual CCT, o que representaria um grande retrocesso para os trabalhadores da educação privada do estado de Rondônia.